Volta ao Mundo com Manuel Ribeiro

Tatiane Guerreiro
26 de mar. de 2015
2 min de leitura

Em fevereiro eu fiz um post sobre o Indaiáfest aqui no blog, lembram?

Conversando com os pais de uma amiga minha, eles me apresentaram o Manuel Ribeiro.

Para quem não o conhece, ele é um português que veio para o Brasil há cerca de 3 anos para fugir da crise européia.

Quando tinha 18 anos, foi convidado por um amigo a cruzar o Atlântico de veleiro, mas alguns imprevistos aconteceram e o dono da embarcação desistiu, deixando Manuel com um sonho pendente.

Os anos foram se passando e o tempo nunca era suficiente para Manuel conseguir realizar seu sonho. Foi então que, há 7 anos, ele descobriu que 2 amigos próximos estavam com câncer. e que o tempo era uma dádiva da vida que não deveria ser desperdiçada.

Foi aí que convidou seu filho de 21 anos (na época) e mais 3 amigos para cruzarem o Atlântico com ele. A viagem durou cerca de 1 mês e meio, saindo de Portugal no dia 01/11/2010 e a embarcação escolhida foi um catamarã Lagoon 42, chamado Enigma.

Quanto mais ele falava, mais eu me surpreendia pela coragem e pela paixão dele em relação a essa aventura. Perguntei muitas coisas, mas a resposta mais surpreendente, foi quando perguntei qual foi a coisa mais estranha que ele viu durante a viagem, e ele simplesmente respondeu: "Duas borboletas brancas no meio do Atlântico.". De todos os animais, tempestades e mares que pegou por lá, o mais surpreendente pra ele foi pensar de onde aquelas borboletas estavam vindo e pra onde iriam. Afinal, não tinha nada em volta deles que não fosse água por quilômetros.

Durante toda a viagem, ele enviava posts via satélite para uma página na internet. Nos posts contava sobre o dia e falava sobre como estava sendo a travessia.

Para quem ficou curioso para saber mais sobre a viagem dele ou para quem pretende fazer o mesmo, aqui vai a página dos posts: http://blog.mailasail.com/enigma

Lá vocês podem encontrar todo o roteiro deles e mais algumas fotos. Muito interessante!

Outra curiosidade foi quando eu perguntei sobre o que eles faziam para acabar com o tédio no meio do "nada". Ele respondeu dizendo que o mar passa longe de ser uma coisa entediante, mesmo sozinhos num raio de muitos quilômetros. Mas que mesmo assim eles liam livros, jogavam jogos e assistiam filmes em DVD.